quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Aquele da nostalgia


Venho chegando a conclusão de que estou ficando velha. Sinal dos tempos!!!

Ando tão nostálgica, relembrando épocas passadas - e bota passadas nisso. O pior é que tudo parece que foi ontem e aí, quando paro para calcular, as lembranças as quais recorro com muitas saudades já têm para lá de dez anos, ou quase isso. Não que minha vida tem andado monotona, sem emoções, novidades e diversão, pelo contrário. Entretanto, a sensação de que falta alguma coisa daquelas épocas, que tão freqüentemente voltaram a habitar minha mente, é forte. O que está pouco a pouco se esgotando, creio eu, é aquela ânsia de adolescente, tempo onde ainda se sonhava muito e o futuro era recheado de possibilidades, tempo onde as preocupações mais sérias não passavam de meras bobagens comparadas à realidade de hoje.

O bom de tudo é que essas lembranças vêm acompanhadas de uma nostalgia gostosa, não daquelas sofregas e amargas, mas daquela em que a gente pensa assim, "ah se pudessemos voltar no tempo", ou "podia ter aproveitado um pouco mais". A verdade é que não queria voltar no tempo, tudo valeu a pena, até mesmo os erros, as besteiras, pois a gente aprende com os pequenos tropeços, e se fortalece, e amadurece. Não que eu não tenha aproveitado, pois aproveitei o tanto quanto pude...e como. Fica a sensação de que essa época do passado, que volta à lembrança, poderia ter durado um pouco mais. É essa saudade gostosa que fica!

Até as coisas ruins, quando vêm à tona no mesmo pacote de recordações, já nem são tão ruins assim. Acabo entendendo, que se precisei passar por aquilo, me fortaleceu e me ajudou a ser ainda mais quem sou hoje. A gente aprende com as burradas, não é mesmo! Quando surgem as lembranças das quais eu morro de vergonha de algumas das minhas atitudes no passado, chego a rir. Auto-vergonha é um sentimento muito engraçado, quem já não sentiu, né! Nesses momentos compreendo, que só o passar do tempo faz a gente ver as coisas de outra ótica. Aí faz até bem recordar e realizar essas análises de si mesmo.

Mas hoje os tempos são outros, continuo amadurecendo, crescendo como pessoa (porque de tamanho já não dá mais e para os lados ninguém quer crescer - rsrsrs) e levando a vida adiante. Porém agora já não carrego o mundo em minhas mão - na verdade nunca carreguei, mas durante um tempo a gente acha que carrega. Os sonhos não acabaram, mas os pés já se fincaram mais ao chão. As possibilidades não se esgotaram, mas agora o caminho já está traçado, em conseqüência, as possibilidades foram diminuindo.

Sabe qual é a ironia em tudo isso? Daqui a uns dez anos ou mais, ou talvez até menos, estarei lembrando dos dias de hoje com a mesma sensação, a mesma nostalgia. Afinal, nada melhor do que lembranças, sejam boas ou ruins, para levantar a cabeça com orgulho e seguir adiante.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ai, deu aquele frio na barriga ...
Lembranças ... de coisas que realmente vivemos e também de coisas que não aconteceram, como pode existir lembrança do que não aconteceu? E isso me pertuba demais ...
Aquela frasesinha: Melhor se arrepender do que se fez do que o contrário, putaquepariu, não é que é verdade essa porra !!!
Carai ... quanta coisa !!!

Amei !!!
Bjs, R!

Ralando Balzacas disse...

agora vc nao pode reclamar postei para um ano já. rsrrsrsrs