segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Aquele da azaração sem jeito

O ambiente era dela, um lugar que pertencia mesmo aos seu gostos, aos seus sentidos, onde R! se encontrava por demais à vontade ... e pela primeira vez depois de muito tempo, decidiu ficar de boca seca, sem nada, nadinha mesmo e perceber seu comportamento sem qualquer alteração. Foi invadida por aquela empolgação de começo de festa, muita gente dançando, pessoas abarrotadas em frente ao palco, onde rolava um show muito honesto e divertido, o lugar apesar de gigantesco, estava abafado e a sua maquiagem já começava a desmoronar, a calça jeans incomodava ao tirar e colocar na hora do xixi e o cabelo que era sua maior preocupação, ficou daquele jeito que não tinha jeito. Quando se percebeu, seu estado de felicidade atingia na escala de 1 a 10, quase 9,5 ( como é que se mede isso?) ... pulava, decorava os refrões pra cantar na repetição e as partes que não sabia das músicas inventava na hora, fazendo com a boca uma dublagem de frases que nem conhecia, mas adorava fingir que sim.
Foi tomar um ar na parte descoberta e descobriu os seus lábios com um sorriso ... Florentino estava de pé ... apesar da pouca importância que ele tinha na sua história, R! ficou feliz de vê-lo ali com seu sorriso tímido após 12 anos. Tudo bem? Tudo e você ? Também. Novidades? Não, minha vida continua a mesma depois desses anos todos, continuo trabalhando na loja do meu pai, morando no mesmo lugar, soube que você casou, né? R! respondeu que sim, mas com preguiça de explicar toda sua história ou se fazer descoberta, sobre esse namoro-casamento, o cortou logo com: Acabou depois de 5 anos. Poxa, que pena. É, mas foi tudo bem tranquilo, sem mágoas. Tiveram filhos? Não, ainda bem.É melhor, os filhos sofrem com essas separações. R! sabia muito bem disso ... Florentino estava acompanhado de um amigo e o apresentou a R! que no primeiro contato não o deu importância, sua amiga, que por coinscidência, era amiga deles também e trabalhava com o amigo de Florentino, os levou de volta a aquele ambiente fechado, abafado, mas caloroso e dançaram a noite toda. R! foi se sentindo atraída por esse tal de amigo, mas nessa altura de sua vida, havia se esquecido como fazer pra se mostrar interessada por alguém e travou por alguns instantes, mas a música foi fazendo com que ela se soltasse, ficou mais tranquila e segura de si. Dançaram um do lado do outro, trocaram olhares, conversinhas, sorrisos e nada mais. Bastou! R! já estava encantada ... a noite causa um deslumbramento, uma curiosidade, uma beleza escondida e misteriosa. Os quatro foram embora juntos, os primeiros raios de sol se apresentavam e R! queria saber onde foi se esconder o encanto todo, havia a noite o roubado? Sentaram num desses lugares que funciona 24 horas no Rio de Janeiro e achou engraçado os meninos pedirem um picanha as 8 horas da manhã, porque afinal de contas estava acompanhada de batatas fritas, farofa e arroz
R! estava em contato com ela mesma, estava feliz, lúcida e observadora. Eu não como carne disse, o amigo respondeu que deveria ser por isso que sua pele era tão bonita, bastou pra ela se encantar pela segunda vez e em menos de 5 horas desde aqueles dois beijinhos do cumprimento. Obrigada ela disse e sorriu ... ele retribuiu com seus dentes perfeitos. Na volta, o amigo deixou sua amiga ( aquela que dormiu com a roupa do corpo por mais de dez horas consecultivas) primeiro, era o trajeto mais sensato a ser feito, depois foi a vez de R! O amigo constatou: Você mora do lado do meu trabalho, podemos combinar um almoço juntos, que tal? Mas R! se precipitou e respondeu que não trabalhava por ali perto e que seria impossível. O amigo a deixou em casa. R! sonhou com ele.

2 comentários:

Ella disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ella disse...

ahh, que fofo, pq vc não pegou??