Aquele de um dia após o outro

Era o aniversário dele ...

Você não vai! Vem direto aqui pra casa.
Já não falei que eu não ia.
Então, direto do trabalho pra cá e não precisa pegar roupa, eu te empresto aqui.
Já não falei que eu ia direto do trabalho pra sua casa?

R! Chegou na casa da amiga achando que ela estaria lá com a sua outra amiga também e mais ninguém, mas a casa estava cheia. Várias garrafas de cerveja já se encontavam vazias e a quantidade de besteira pra se comer, só de olhar se engordava uns 20 quilos.

O homem tem uma capacidade incrível de se adaptar, a qualquer situação extrema, no meio do mato, no Alasca, no deserto, na sujeira, na guerra, sem um pedaço do corpo, com dinheiro, sem dinheiro, preso ... e no amor?

Tava rolando no DVD, o filme Amor além da Vida, não, não, não ... ela não poderia assistir um filme de amor, não no dia de hoje, era daqueles filmes de chorar... caralho vocês são foda, hoje é dia de filme de rir, por favor, passem um filme americanóide babaca ...
R! acabou se adaptando. Deixem-me aqui, vou beber essa cerveja, ela não tá quente não, juro, eu gosto mesmo assim ... como pode o horizonte ser tão perfeitamente retinho assim?

Era o aniversário daquele dos 5 anos de namoro, o ex iria comemorarar e o fez no mesmo lugar que sempre freguentara inúmeras vezes com R!
R! pensara: O quê eu iria fazer lá? Não vou de jeito nenhum ...
Como pode tudo mudar, num segundo sem pensar? Não posso nem pensar ...
Agora é assim que vai ser ...
Eles haviam combinado isso, não mais ter contato um com o outro e para sempre ... mas sempre, é uma palavra que não é dada aos seres humanos.

E ele ligou perguntando: Por quê você não está no meu aniversário?
R!: O quê eu vou fazer aí? Se diverte com seus amigos ... Nada faz sentido, vamos manter o combinado.
Ele disse: você que sabe o que faz ...
E foi assim que R! encarou fortemente o combinado ...